Presença

Dois homens... duas atitudes!

Um olhar reflexivo sobre a nossa sociedade e sobre o comportamento dos humanos permite constatar que não falta por aí quem goste de dar nas vistas.

E, como em tudo na vida, assim acontece, também, no que diz respeito à prática religiosa de muita gente: esta serve apenas, para se mostrarem, ou dizerem que tem “tudo em dia”, isto é, que “receberam os sacramentos todos, à excepção do último”… Esquecem, ao pensarem e ao agirem assim, como é valiosa para Deus a humildade na vida e no coração.

A Palavra de Deus, neste domingo, apresenta-nos dois homens. Ambos entram no Templo e se dispõem a rezar. As suas atitudes são, porém, diferentes. Um, com pleno à vontade, seguro de si mesmo e dando a impressão de que estava em casa, pavoneia-se, na sua oração, das suas virtudes e desfia as desgraças dos outros, agradecendo a Deus por não ser como eles: “ladrões, injustos, adúlteros…”.

O outro, silenciosamente, apenas e só, reconhece a distância que ainda o separa da santidade a que Deus o convida, porque se sente pecador; pouco tem de que se gloriar diante de Deus, mas confia na sua misericórdia.

Conclui esta Palavra elogiando a atitude humilde deste último homem, reveladora da sua sede da bondade e do amor de Deus. De facto, a verdadeira prática religiosa é aquela que nos leva a acolher Deus humildemente no coração, a aceitar a necessidade de conversão e a viver sempre os valores e critérios que a Boa Nova anunciada por Jesus nos propõe.