segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Crise de vocações ou crise de vocação?

Afirmava, à pouco tempo, e a propósito desta semana (dedicada aos seminários), um Cardeal italiano, que a crise das vocações para o sacerdócio vai muito para lá da falta de seminaristas. A crise revela-se na carência social de vocações para a vida, onde a falta de Deus, cada vez mais evidente na sociedade contemporânea, subjugada aos constrangimentos de uma liberdade sem barreiras morais, trás um vazio difícil de preencher.

Perceber a necessidade da transcendência na nossa vida, é como saber beber água sem ter sede.

1 comentário:

Jorge Teixeira disse...

Estou completamente de acordo, o problema das vocações passa por muito mais do que a simples falta de padres.
No meu ver passa antes demais pela perda do sentido de Igreja, de comunidade, de serviço, de entrega, de comunhão, o "dar" sem querer "receber". As crianças de hoje nascem apretechadas ao futil julgando ser o indispensável, vivem numa ânsia de "ter já" e de ser apenas "amanhã". Isto é em meu ver o principal factor desta crise de vocações. E quando uma Igreja não reaje a estes fenómenos e se deixa arrastar na ilusão de que nada mudou, então aí a crise é maior ainda...
Mas cada um de nós pode ser o responsável pela mudança, é preciso mesmo é mudar!