sábado, 3 de novembro de 2007

«…De todos Vos compadeceis, porque amais tudo o que existe…»

De vez em quando os nossos meios de comunicação social escrita ou falada dão espaço a que algumas figuras, tidas como importantes no mundo da cultura ou das ciências, digam ‘de sua justiça’ sobre diversos assuntos. Há tempos, um jornal de grande expansão divulgava mais uma grande entrevista (a segunda em poucos meses!) a um laureado homem das letras. Nestas, ao falar de religião e de Deus, este conhecido senhor extravasou a sua irritação e animosidade para com a Igreja – a quem considerava retrógrada, isto é, parada no tempo – e, sobretudo, para com Deus, a quem acusava de ser causador da injustiça e da intolerância entre povos e nações, pois no seu entender os grandes conflitos armados são de origem religiosa. Não espanta esta visão, em quem só conhece a Igreja por fora, pois não a vive, nem participa ou está atento às suas iniciativas; nem admira que diga de Deus o que diz, quem nunca se encontra com Ele ou, se alguma vez O encontrou, foi há imenso tempo… talvez na meninice! Que diferença e que contrate de sentimentos nos expressa o Livro da Sabedoria ao falar de Deus, com palavras que inspiram serenidade e exprimem a ternura de Deus por toda a obra criada e nesta por todos nós: “de todos vos compadeceis… Vós amais tudo o que existe e não odiais nada do que fizestes…”. O Deus que a Sagrada Escritura revela é justo, misericordioso e sempre pronto a manifestar-nos o seu Amor. É este Deus que precisamos de aprender a contemplar e a escutar, para O podermos viver e dar a conhecer ao mundo e aos Homens de hoje.

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